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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Letras de Música dos Anos 80


O que as bandas e cantores dos anos 80 tinham em comum entre si? Tirando o fato de que o habitat inicial de todos foi a “garagem”, nada. Não havia fórmula alguma para o sucesso. As letras das músicas variavam de banda para banda, do político ao cômico, do romântico ao ácido, do punk ao burguês. Talvez, pelo fato de estarem transitando entre a ditadura e democracia, essa foi uma geração que não mediu palavras e atitudes. Na realidade, um punhado de jovens dizendo tudo àquilo que os jovens da época gostariam de falar. Se fizer uma análise de outro movimento musical qualquer, os temas abordados serão praticamente o mesmo, por todos. No Rock Brasil dos anos 80 isso não aconteceu. O que se via era uma salada. Eram jovens se descobrindo, descobrindo a liberdade de expressão, e descobrindo como se fazia música. Além disso, o Brasil é um país de proporção continental. Enquanto surgiam bandas em Brasília, simultaneamente surgiam bandas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e outras localidades. Todas com características diferentes. No rádio pipocavam bandas novas a todo instante, e é bem verdade que muitas destas bandas tinham um único sucesso, mas a soma da obra garantia o espetáculo.

Impossível se falar em letras de músicas dos anos 80 sem falar em Cazuza e Renato Russo. São sem dúvida os maiores porta-vozes daquela geração, assim como foram Chico e Caetano os da geração anterior. Os Titãs, por sua vez, fizeram um primeiro LP tímido, porém, em seguida lançaram o Cabeça Dinossauro, na minha opinião o melhor disco da década, juntamente com o “Dois” da Legião Urbana. Enquanto Renato Russo esbanjava uma poesia impecável, recheada de metáforas, “pintando um quadro” em “Acrilic on Canvas”, os Titãs desciam o pau na sociedade, atacando sem piedade instituições e hábitos, não poupando nem mesmo a “Igreja” Católica. Era justamente sobre essa diversidade que me referi no primeiro parágrafo. E viva a diversidade, pois não existe uma fórmula para a arte, como instituíram nos dias de hoje. Eu não sei quem foi que botou na cabeça de produtores, donos de gravadoras e de rádios que todo mundo tem que cantar e tocar igual. Ninguém quer escutar isso. Uma imitação de Cazuza seria apenas uma imitação de Cazuza. Não teria alma. Mas mesmo assim é difícil imitar um gênio. Por isso, o que vemos hoje são medíocres imitando medíocres. Tamanha a mediocridade, daqui a pouco estaremos batendo pedra no chão e cantando Uga-Uga, imitando nossos ancestrais nas cavernas.

5 comentários:

Unknown disse...

Olá,tudo bom?
Eu continuo insistindo,este blog deveria virar livro.
Parabéns cara,pela sua competencia q te favoritei aki.
Abração

Anônimo disse...

Tenho um Blog sobre ´carros tuning´
com média de 800 visitas dia.
Sei que não é muito.

Podemos firmar uma parceria entre
nossos blogs..

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meu blog está direcionado um numero bom de visitas
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em meu proprio blog http://tuningdub.blogspot.com/

Att
Thiago

Mari de Jesus disse...

Sou simplesmente fascinada por tudo que foi produzido na década de 80. Muito bom saber que posso encontrar tudo sobre essa época aqui. Adorei o blog!

Anônimo disse...

Que não seja uma profecia, e que o "Uga-Uga" fique no passado, sendo o início do aprendizado do homem.E que no lugar do cabeludo troglodita venho o menino de olhos tranqüilos que dizia, "ter bondade é ter coragem", ou o romântico rebelde que afirmava "nunca sofri por amor", mas que escrevia o amor com experiência de quem viveu todas as etapas, incluindo o sofrer, ou que venha um maluco beleza que brincava dizendo, "que o mel é doce, é coisa que eu me nego afirmar.Mas que parece doce, isso eu afirmo plenamente", nos fazendo pensar que o doce vai além do paladar.

E como você mesmo falou em imitar, vou seguir a linha e imitar o comentário acima, pra dizer que quando o Museu virar livro vou estar na fila de autógrafos, e que eu também já te favoritei...

Parabéns pelo lindo trabalho...

Abraão Martins disse...

Os anos 80 foram tão bons que, após 20 anos fascina a mulecada de 19! Eu tenho 31 e tudo de bom que me aconteceu, foram nos anos 80. Parabéns pelo blog, adicionado link no meu na boa